quarta-feira, 18 de maio de 2011

FELICIDADE É COMO UMA COLCHA DE RETALHOS

Felicidade é como uma grande colcha de retalhos que vamos costurando ao longo da vida.
Há os retalhos da surpresa boa e inesperada, de uma nova pessoa que conhecemos e de quem nos tornamos íntimos ou a notícia de quem muito amamos e que está distante.
Há os retalhos da simples alegria de viver, quando estamos bem humorados e achamos graça se chove ou se faz sol.
Há os retalhos das necessidades atendidas, quando comemos, dormimos o suficiente e descansamos.
Há os retalhos de um bom papo, de um cinema, de uma brincadeira, de um bom livro, ou daquela música que ouvimos eufóricos mil vezes.
Há os retalhos do carinho que recebemos, do olhar gentil, da palavra doce, do reconhecimento do nosso esforço, do abraço sem motivo.
Há os retalhos do amor recíproco, da intimidade produzida com o tempo compartilhado, com os pais, os filhos, os parceiros, os irmãos, os amigos.
Há os retalhos como insiths, quando percebemos a solução de um problema, uma alternativa que agrade a todos, um caminho, um atalho pra praia ou pro campo.
Há os retalhos da bondade compartilhada, quando sorrimos em troca, estendemos a mão, ajudamos alguém de algum jeito e não nos lembramos de contar pra ninguém.  
Há os retalhos de nos sabermos útil quando nos esforçamos em contribuir com alguém de algum modo, e ouvimos um agradecimento que nos reforça o ânimo: sim, podemos servir!
Há os retalhos da gratidão, que produzimos quando nos apercebemos que tudo: saúde, inteligência, afeto, reciprocidade, suprimento, crescimento emocional – tudo – é graça de Deus conosco!
Há tantos outros retalhos!
Há ainda os retalhos que começamos a costurar agora, mas que só os veremos prontos quando daqui partirmos, esses são retalhos especiais de acabamento da nossa colcha. É esse acabamento que nos permitirá viver num estado supremo de felicidade contínua.
Contudo só há um jeito de começar esse acabamento. É um trabalho difícil, requer tempo e dedicação total e não podemos fazer o trabalho sozinhos, sem Jesus, nossa colcha fica inacabada, pára nos retalhos acima e não se torna o que deve ser: uma linda e completa colcha.
E então, como você anda costurando sua colcha de retalhos? Lembre-se que é com ela que vc se cobre durante toda a sua vida e que ela é a única coisa que levará quando partir, porque ela é parte de quem nos tornamos. Sim, nos enchemos daquilo que nos torna felizes!
Se precisar, descosture e recomece, sempre há tempo! E não se esqueça de requisitar a ajuda de Jesus, sem ele nossa colcha de felicidade jamais receberá o acabamento necessário para nos cobrir em todas as circunstâncias, até mesmo naquelas mais difíceis.

É isso aí!
Boa noite!

O EDUCADOR BEM SUCEDIDO

 

Só para começar o blog...algumas reflexões!

 

O educador bem sucedido

Especialista em mudanças na educação presencial e a distância


Por que, nas mesmas escolas, nas mesmas condições, com a mesma formação e os mesmos salários, uns professores são bem aceitos, conseguem atrair os alunos e realizar um bom trabalho profissional e outros, não?
Não há uma única forma ou modelo. Depende muito da personalidade, competência, facilidade de aproximar e gerenciar pessoas e situações. Uma das questões que determina o sucesso profissional maior ou menor do educador é a capacidade de relacionar-se, de comunicar-se, de motivar o aluno de forma constante e competente. Alguns professores conseguem uma mobilização afetiva dos alunos pelo seu magnetismo, simpatia, capacidade de sinergia, de estabelecer um “rapport”, uma sintonia interpessoal grande. É uma qualidade que pode ser desenvolvida, mas alguns a possuem em grau superlativo, a exercem intuitivamente, o que facilita o trabalho pedagógico.
Uma das formas de estabelecer vínculos é mostrar genuíno interesse pelos alunos. Os professores de sucesso não se preparam para o fracasso, mas para o sucesso nos seus cursos. Preparam-se para desenvolver um bom relacionamento com os alunos e para isso os aceitam afetivamente antes de os conhecerem, se predispõem a gostar deles antes de começar um novo curso. Essa atitude positiva é captada consciente e inconscientemente pelos alunos que reagem da mesma forma, dando-lhes crédito, confiança, expectativas otimistas. O contrário também acontece: professores que se preparam para a aula prevendo conflitos, que estão cansados da rotina, passam consciente e inconscientemente esse mal-estar que é correspondido com a desconfiança dos alunos, com o distanciamento, com barreiras nas expectativas.
É muito tênue o que fazemos em aula para facilitar a aceitação ou provocar a rejeição. É um conjunto de intenções, gestos, palavras, ações que são traduzidos pelos alunos como positivos ou negativos, que facilitam a interação, o desejo de participar de um processo grupal de aprendizagem, de uma aventura pedagógica (desejo de aprender) ou, pelo contrário, levantam barreiras, desconfianças, que desmobilizam.
O sucesso pedagógico depende também da capacidade de expressar competência intelectual, de mostrar que conhecemos de forma pessoal determinadas áreas do saber, que as relacionamos com os interesses dos alunos, que podemos aproximar a teoria da prática e a vivência da reflexão teórica.
A coerência entre o que o professor fala e o que faz, na vida é um fator importante para o sucesso pedagógico. Se um professor une a competência intelectual, a emocional e a ética causa um profundo impacto nos alunos. Estes estão muito atentos à pessoa do professor, não somente ao que fala. A pessoa fala mais que as palavras. A junção da fala competente com a pessoa coerente é poderosa didaticamente.
As técnicas de comunicação também são importantes para o sucesso do professor. Um professor que fala bem, que conta histórias interessantes, que tem feeling para sentir o estado de ânimo da classe, que se adapta às circunstâncias, que sabe jogar com as metáforas, o humor, que usa as tecnologias adequadamente, sem dúvida consegue bons resultados com os alunos. Os alunos gostam de um professor que os surpreenda, que traga novidades, que varie suas técnicas e métodos de organizar o processo de ensino-aprendizagem.
Ensinar sempre será complicado pela distância profunda que existe entre adultos e jovens. Por outro lado, essa distância nos torna interessantes, justamente porque somos diferentes. Podemos aproveitar a curiosidade que suscita encontrar uma pessoa com mais experiência, realizações e fracassos. Um dos caminhos de aproximação ao aluno é pela comunicação pessoal de vivências, histórias, situações que o aluno ainda não conhece em profundidade. Outro é o da comunicação afetiva, da aproximação pelo gostar, pela aceitação do outro como ele é e encontrar o que nos une, o que nos identifica, o que temos em comum.
Um professor que se mostra competente e humano, afetivo, compreensivo atrai os alunos. Não é a tecnologia que resolve esse distanciamento, mas pode ser um caminho para a aproximação mais rápida: valorizar a rapidez, a facilidade com que crianças e jovens se expressam tecnologicamente ajuda a motivar os alunos, a que queiram se envolver mais. Podemos aproximar nossa linguagem da deles, mas sempre será muito diferente. O que facilita são as entrelinhas da comunicação lingüística: a entonação, os gestos aproximadores, a gestão de processos de participação e acolhimento, dentro dos limites sociais e acadêmicos possíveis.
O educador não precisa ser “perfeito” para ser um bom profissional. Fará um grande trabalho na medida em que se apresente da forma mais próxima ao que ele é naquele momento, que se “revele” sem máscaras, jogos. Quando se mostre como alguém que está atento a evoluir, a aprender, a ensinar e a aprender. O bom educador é um otimista, sem ser ‘ingênuo”. Consegue “despertar”, estimular, incentivar as melhores qualidades de cada pessoa.
(Trecho do meu livro A educação que desejamos: novos desafios e como chegar lá, p.79-81)