quinta-feira, 31 de maio de 2012

O QUE É BULLYING, QUEM O PRATICA?


Após os acontecimentos que ocorreram essa semana na escola...venho com algumas reflexões...

O QUE É BULLYING, QUEM O PRATICA?

“Desde os recentes tiroteios em escolas, metade do mundo parece estar dizendo – `O bullying está ficando muito pior`, enquanto que a outra metade diz, `O bullying sempre existiu; nós é que estamos levando-o mais a sério agora`.
Quem está certo? Provavelmente ambos.  Ao mesmo tempo em que as pessoas sempre prestaram atenção ao bullying, os terríveis eventos na Columbine High School, no Colorado, (em que dois alunos que sofreram bullying mataram doze colegas e um professor) ajudaram a focar a atenção no problema.  Pesquisas sérias estão em andamento, e os pesquisadores também estão se voltando para estudos mais antigos, antes de Columbine, com um olhar renovado.

O QUE É BULLYING?
Um dos problemas encontrados ao se pesquisar o bullying é definir exatamente o que a palavra significa.  Bullying significa apenas bater, empurrar ou atormentar alguém?  Inclui colocar apelidos ou encarnar em alguém por causa do nariz grande?  Inclui também fechar as portas do grupo social para alguém?  O bullying inclui insultos raciais e observações degradantes sobre a sexualidade de alguém?
A definição mais frequentemente usada para bullying é esta: Bullying é qualquer tipo de abuso contínuo, físico ou verbal, com a intenção de ferir,  onde existe um desequilíbrio de poder entre o bully e a vítima.  Geralmente, mas não sempre, significa uma criança ou adolescente maior e mais velho pegando no pé de um mais fraco, ou um mais popular com um menos popular.
De alguma forma, bullying é um jogo “de ficar por cima”, uma tentativa de vencer enquanto o outro perde.  Geralmente a vítima fica muito aborrecida (diferente das brincadeiras normais).  O bully geralmente não vê suas ações como fora da linha.  Às vezes, infelizmente, a linha entre “só brincadeira” e bullying pode parecer muito nebulosa.  Vítimas e bullies podem não ter consciência da diferença.
Os comportamentos de bullying podem ser diretos: ‘pegar no pé’, ameaçar, bater ou roubar pertences das vítimas.  Podem também ser indiretos: espalhar fofocas, isolar um colega excluindo-o do grupo social.  Em geral, os meninos se envolvem em bullying direto  mais do que as meninas, que são mais propensas ao bullying indireto, embora certamente existam exceções.  Algumas pesquisas têm mostrado que o comportamento de bullying direto começa a aumentar durante os anos do Fundamental 1, atinge um pico no Fundamental 2  e começa a diminuir no Ensino Médio."

TIPOS DE BULLYING

Verbal – é o tipo de bullying mais comum, usado tanto por meninos quanto por meninas.  São os apelidos, as gozações, a difamação, a crítica cruel, telefonemas abusivos, e-mails que intimidam, ameaças, fofocas, ‘brincadeiras’ sobre raça, religião e orientação sexual.  É mais fácil de fazer, porque pode ser só sussurrado, de forma que os adultos não escutem.  Pode vir através de bilhetinhos passados na turma escondido do professor. 
Existe um limite muito tênue entre as brincadeiras normais e o bullying verbal.  Como diferenciar entre os dois?  A brincadeira deve fazer parte do ambiente escolar e quando ela acontece todos se divertem.  Com o bullying não é assim!  Em geral um grupo se diverte, morre de rir e uma pessoa sofre, se sente humilhada e diminuída e o objetivo de quem faz as brincadeiras é este mesmo, ver o outro sofrer.
As crianças e jovens são muito sensíveis aos comentários que fazem sobre eles, porque ainda estão em desenvolvimento e não são suficientemente fortes para separar o que ouvem sobre si do que realmente são.  Uma menina que todos os dias enfrenta os comentários e gozações de que é gorda e feia, pode se isolar cada vez mais dos colegas e até se tornar anoréxica para ficar magra.
Nunca se esqueça disto: AS PALAVRAS PODEM MACHUCAR TANTO OU ATÉ MAIS QUE UM MURRO OU UM PONTAPÉ!!!

Físico -  é o mais visível e, portanto, mais fácil de ser identificado. 
Lembre-se sempre de que bullying é diferente de uma briga que acontece uma vez, de uma discussão que resulta em violência física.  Pra ser bullying tem que ser repetido, acontecer várias vezes, sem nenhum motivo.  Certo?
Inclui bater, puxar o cabelo, beliscar, morder, trancar a pessoa em algum lugar.  Estas ações já aparecem com crianças pequenas da Educação Infantil e dos primeiros anos do Fundamental.
Este foi um caso que ficou famoso na internet.  O menino maior sofreu tanto bullying na escola que um dia resolveu reagir às provocações físicas de um garoto bem menor que ele.  Um perigo, devido à diferença de tamanho.  Ainda bem que o resultado foi só um joelho ralado!
Também é bullying físico esconder o material de alguém, rasgar livros e apostilas, jogar seu tênis num lugar inacessível, riscar sua bicicleta.  Destruir os bens de outro é mais uma forma que o bully acha para mostrar sua força.
Quando as crianças chegam ao Fundamental II e ao Ensino Médio, as ações podem ficar mais violentas e também sexualmente orientadas.  Atos humilhantes como colocar a cabeça de alguém na privada e dar descarga, baixar a calça de um menino ou levantar a saia de uma garota, tornam-se mais comuns.  O comportamento fica mais perigoso porque agora os alunos são mais fortes e maiores.
O toque sexual também é um problema para as meninas, principalmente aquelas que estão se desenvolvendo mais rápido e que os meninos julgam atraentes.
Todos os tipos de bullying são feitos para ferir seus sentimentos.  Mas o bullying físico fere seus sentimentos e seu corpo.  Provoca também prejuízos materiais como precisar comprar  outra apostila, ter a roupa rasgada e ficar sem o tênis, por exemplo.

Bem, Galera...
bullying acontece quando uma pessoa zomba de outra, dando apelidos, constrangendo ou fazendo brincadeiras que machucam (podendo chegar à agressão física, inclusive) e entristecem. Às vezes, essa agressão ganha espaço na internet, aparecendo em sites de relacionamento, como o Orkut, YouTube,  MSN,  Skype,  Facebook, Twitter e outros. Nesse caso, a pessoa é ridicularizada e tem seu nome exposto demaneira agressiva. Isso ganha o nome de cyberbullying e é tão ofensivo quanto o bullying direto. Essas formas de violência estão espalhadas por todo canto, e especialmente nas escolas. Isso é terrível, porque o ser humano foi criado para se relacionar bem com os outros,para viver em sociedade, com harmoniae democracia. O que podemos fazer? Combater todo tipo de violência, até mesmo esse; e dizer a plenos pulmões: Bullying não é legal! Respeitar é o ideal!

Bjim!

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Obras do PAS/ UnB - Segunda etapa - Subprograma 2010-2012

Gente...Atenção! Obras do PAS!


Obras do PAS/ UnB - Segunda etapa - Subprograma 2010-2012
Obras literárias
1. Almanaque Brasil Socioambiental 2008 - Disponível para download. Publicação do Instituto Socioambiental (ISA),
2. Constituição Federal, Capítulo II, Direitos Sociais Fundamentais Artigos do 6º ao 11º (Congresso Nacional Constituinte, Brasil, 1988)
3. Dom Casmurro, de Machado de Assis,
4. John Locke (1632 – 1704), Ensaio Sobre o Entendimento Humano (1690),ler a primeira parte, destinada à crítica do inatismo cartesiano.
5. Os miseráveis, Victor Hugo,
6. Otelo, o mouro de Veneza, de William Shakespeare
7. Teatro Épico, Bertolt Brecht
8. Voltaire (François-Marie Arouet, Paris, 1694-1778), Cândido, ou o otimismo (1759).

Músicas
1. Billie Jean, de Michael Jackson
2. Cantata 140 (Wachet auf, ruft uns die Stimme) e Ária 6 - dueto soprano e baixo, de Johann Sebastian Bach,
3. Carmem Miranda (Disseram que eu voltei americanizada)
4. Carnaval dos Animais: (Introdução; Tartaruga; Os fosseis) de Saint Saëns,
5. Coro 1 – Wachet auf, ruft uns die Stimme; Coro 4 - Zion hort die Wächter Singen e na Cantata 140, Coro1, Coro 4 e Ária 6 dueto soprano e baixo
6. Dino Rocha (Para ti Ponta Porã),
7. Fado Tropical, de Chico Buarque de Holanda.
8. I dreamed a dream interpretada por Susan Boyle
9. Ingemisco da Missa de Requiem do Pe José Maurício Nunes Garcia
10. Kaiowas do Sepultura
12. Matança, de Jatobá cantada por Xangai
13. Missa de Requiem, Rém K626 (Kyrie e Lacrimosa) de W Amadeus Mozart
14. Musical Les Miserables, 1980, de Alain Boublil com música de Claude-Michel Schönberg
15. Para ti Ponta Porá, de Dino Rocha;
16. Quereres, de Caetano Veloso.
17. Renato Borguetti (Milongas para as missões),
18. Rock das Cachorras de Léo Jayme, interpretada por Eduardo Dusek
19. Sivuca (Feira de Mangaio),
20. Subida do Morro, de Moreira da Silva
21. Toninho Ferragutti (Forró Classudo), Moreira da Silva (Subida do Morro)
22. Você não soube me amar, da Blitz

Artes plásticas
1. 1091 Golfo de Nápoles com o Vesúvio ao fundo, de Eliseu Visconti
2. A Boa Educação, século XVII, de Jean –Baptiste Chardin,
3. A Liberdade guiando o Povo, 1833, de Eugene Delacroix,
4. A Rendição de Cam, 1895, do artista Modesto Broccos y Gomes,
5. Adereços Cerimoniais, da tribo Kayabi, do Estado de Mato-Grosso;
6. Ângelus, 1859, de Jean- François Millet
7. Ascensão da Doce Borboleta nos Campos da Matança, 2007, de Wanguechi Mutu,
8. Complexo Arquitetônico de Bom Jesus de Matozinhos, Os profetas e Os Doze Passos da Paixão, (1796-1799)
9. De onde viemos? O que somos? Para onde vamos? 1887, de Paul Gauguin,
10. Ensaio de Balé, 1878, de Edgar Degas
11. escultura a Bailarina de 14 anos, de Edgar Degas,
12. Escultura O Torso de Adele, de Auguste Rodin,
13. esculturas Ave Maria, de Victor Brecheret, no mausoléu da família, necrópole de São Paulo – SP,
14. estudo para Sagração de D. Pedro I, 1823, de Jean Baptiste Debret,
15. ex-votos e a série de gravuras Desastres de Guerra, a partir de 1808, de Francisco de Goya.
16. Flor do Mangue, de Franz Krajberg, 1973
17. fotografias Sarah Bernhardt, 1859, de Nadar,
18. Intuições Atléticas, 2003 de Arthur Omar;
19. Metamorfose Cultural, 1997, de Nelson Screnci,
20. Missamóvel, 2004, de Nelson Leiner.
22. Naufrágio, de Willian Turner,
23. Nu Feminino Deitado, 1896, de Rafael Frederico,
24. O êxtase de Santa Teresa, de Bernini,
25. O Jantar, de Jean-Baptiste Debret ,
26. O Quarto Estado, de Giovanni Volpato,
27. O Quarto, versão de 1889, de Van Gogh,
28. O Retrato, de Adele Block Bauer, de Gustav Klint
29. O Semeador, de Vincent van Gogh,
30. Parede de Memória, 1994, de Rosalina Paulino,
31. Retrato de Negro, de Luis Frederico da Silva,
32. serigrafias sobre fotografia Pelé e Michael Jackson, de Andy Warhol,
33. túmulo Ausência (séc. XX), cemitério do Morumbi-SP, de Galileo Emendabilim
34. Um bar no Folies-Bergère, 1882, de Eduard Manet,
35. Uma Tarde na Grande Jatte, de George Seurat,
36. Valentina, de Vick Muniz,

Vídeos
1. Quem são eles? (Índios no Brasil), do Ministério da Educação,
2. Quanto vale ou é por quilo, de Sérgio Bianchi
3 Invasores ou excluídos, de Cesar Mendes e Dulcídio Siq

sexta-feira, 18 de maio de 2012

FILME FLOR DO DESERTO

COMO COMENTEI EM SALA DE AULA... 

Segundo a ONU, 6 000 meninas no mundo sofrem mutilação genital todos os dias. A ex-top model Waris Dirie tinha apenas 3 anos quando foi vítima da absurda prática, fundada na ignorância de que “mulher pura” não pode sentir prazer durante o sexo.
Nascida em uma família de nômades na Somália, hoje ela tem 45 anos e viaja o mundo denunciando o abuso. Já conseguiu mudar leis retrógradas de vários países. Sua impressionante história sustenta o drama “Flor do Deserto”. Quando o filme começa, Waris (interpretada pela etíope Liya Kebede, também modelo) já está em Londres. Sem visto e morando nas ruas, ela faz amizade com uma espevitada lojista inglesa (a divertida Sally Hawkins, de Simplesmente Feliz). As diferenças culturais entre ambas vão fazer Waris entender a violência sofrida na infância. Enquanto acompanha a jovem ser descoberta por um fotógrafo (Timothy Spall, da série Harry Potter) e o mergulho dela no mundo da moda, o espectador conhece detalhes de seu passado por flashbacks.
Aos 12 anos, prometida em casamento pelo pai a um homem bem mais velho, Waris fugiu de casa. Descalça, atravessou um deserto até a capital somali, Mogadíscio. Mais tarde, seguiu para a Inglaterra e foi trabalhar como faxineira na embaixada de seu país. Embora algumas passagens estejam mal costuradas, é impossível deixar de se envolver com uma narrativa tão forte. Não fica muito claro como uma imigrante ilegal, que não sabia falar inglês nem andar de salto alto, conseguiu se tornar modelo internacional de uma hora para outra. A diretora prefere montar belas tomadas em câmera lenta de Waris desfilando do que explicar sua evolução. Por outro lado, o retrato da vida no deserto revela-se bastante autêntico. Sem ser explícita, a cena sobre a brutal mutilação consegue chocar e emocionar.
Através de sua história Waris Dirie conseguiu falar de uma assunto que até então era visto como um tabu pelo planeta. Hoje a ex-modelo é embaixadora especial da ONU contra mutilação feminina. Ela estabeleceu uma fundação com o fim de chamar a atenção para o problema e ajudar as meninas mutiladas se tornando uma das principais defensoras da erradicação dessa prática.
Estreou nos cinemas em 25/06/2010.

Olha o link do filme no You Tube http://www.youtube.com/watch?v=rr30EWKuSrI

Bjim!

terça-feira, 15 de maio de 2012

ATENÇÃO, ALUNOS QUERIDOS!

Olá, Gente!
Como falei nas aulas...vocês têm a opção de copiar ou imprimir:

1- A postagem do dia 11 de março de 2012 (Biografia de Castro Alves / Trecho do poema Navio Negreiro com exercícios);
2- As postagens de Sousândrade e o poema "Guesa Errante", ambos postados no dia 14 de maio de 2012.

Tudo isso no caderno para eu vistar, ok?
Beijocas multicores!
Divirtam-se! 
Prof(a) Cláudia.

Rigor na correção da redação do Enem deve crescer


O Ministério da Educação (MEC) estuda a criação de parâmetros mais objetivos para a correção das redações dos candidatos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Segundo o ministro Aloizio Mercadante, a ideia é ter um “rigor” maior na hora de avaliar a nota da redação.
“Nós estamos trabalhando fortemente para ter uma matriz de correção que dê bastante segurança em relação à objetividade, porque texto sempre tem alguma subjetividade. Vamos aumentar o rigor da correção para dar objetividade, critérios bem definidos e bastante segurança ao aluno”, disse o ministro em evento no Rio de Janeiro.
Segundo ele, os critérios já serão usados na correção da próxima edição do Enem, que será realizada em outubro ou novembro. “Estamos discutindo todas as alternativas, partindo das experiências internacionais para criar uma metodologia que seja bastante objetiva em relação aos critérios, isto é, que os alunos saibam quais são os critérios de correção da prova para ele poder ter segurança na redação que ele vai fazer. E que, quando houver divergência entre os avaliadores, a arbitragem seja muito eficiente”, disse Mercadante.

 
É ficar atento, Meu Povo!
Prof(a) Cláudia.

segunda-feira, 14 de maio de 2012


O Guesa Errante 
A inspiração desta postagem vem do poema O Guesa Errante e de seu autor, Sousândrade. Contemporâneo de Baudelaire e verdadeiro patriarca das vanguardas brasileiras, Joaquim Manuel de Sousa Andrade ( 1833-1902), escreveu O Guesa, sua obra mais importante, entre 1858 e 1888, como uma epopéia dramática narrativa em 13 Cantos, dos quais permaneceram inacabados os cantos VI, VII, XII e XIII. Épico íbero-americano, o poema conta a trajetória do Guesa, personagem lendária colhida no culto solar dos índios Muyscas da Colômbia.
O Guesa, cujo nome significa errante, sem lar, era uma criança roubada aos pais e destinada a cumprir o mito de Bochica, o deus-sol. Educada no templo da divindade até os 10 anos de idade, deveria então trilhar o percurso do Suna até seu sacrifício ritual aos 15 anos, quando seria atado a uma coluna – um marco equinocial instalado em uma praça circular - e morto a flechadas. Diante dos sacerdotes – também chamados xeques - seu coração era arrancado e entregue em oferenda a Bochica, com seu sangue sendo recolhido em vasos sagrados. Completada a cerimônia, abria-se uma nova indicção ou ciclo astrológico de 15 anos, com o rapto de outra criança – um novo Guesa – que deveria suceder à vítima imolada.
Constituindo unidades estilísticas autônomas, foram integrados à narrativa  dois momentos de inferno, construídos como uma Walpurgisnacht  em diferentes cenários do Novo Mundo. Enquanto O Inferno de Wall Street,  apresenta uma visão vertiginosa do capitalismo, em seu apogeu no século XIX, sob a forma de uma montagem de jornais da época, citações, referências mitológicas e históricas, em uma atmosfera de sarabanda infernal no cenário da bolsa de Nova York, a dança-pandemônio do Tatuturema se inicia às margens do Rio Solimões durante uma celebração em homenagem à entidade mitológica Jurupari, um legislador que remonta ao antigo mito das Amazonas.
Enquanto estão sentados ao redor do fogo, os nativos cantam uma canção trágica e melancólica que diz que “com a chegada dos brancos nossas mulheres foram raptadas, nossos filhos escravizados e nossas terras roubadas. Em troca recebemos  uma civilização corrupta, administrada por políticos desonestos que introduziram em nosso meio as doenças, a luxúria e uma religião hipócrita, pregada por padres sem Deus”. Durante a dança-selvagem do Tatuturema, que é descrita como a “dissolução do inferno em movimento”, desfilam índios antropófagos e aculturados, políticos, juízes, padres e capitães do mato, além de entidades mitológicas da fauna amazônica e personagens da História do Brasil, que irrompem como verdadeiros fantasmas em plena floresta.
Sousândrade lembra que “a transformação de Jurupari de deus pagão em demônio foi obra e graça dos catequistas”. E acrescenta:
 - Como na maioria dos casos, não podiam extirpar as crenças indígenas, alicerçadas em várias gerações, delas se aproveitaram como veículo. No caso de Jurupari foi mais fácil transformá-lo em Satanás do que negar sua existência.
Se no Tatuturema a degradação do seu semelhante provoca no jovem Inca um sentimento de indignação e dor, no episódio do Inferno de Wall Street o Guesa termina sendo assassinado pelos escroques e especuladores da Bolsa de Nova York.
A estrofe 6 do poema forneceu as informações: Eram dias de estanco/ Das conquistas da Fé/ Por salvar tanto ímpio/ Gentio.../ - Maranduba, Abaré, que foi construído com o propósito de representar o longo processo de colonização imposta pela cultura européia sobre os habitantes do Novo Mundo.


EXERCÍCIOS 

Considere as afirmações a seguir sobre o poema "Guesa Errante", do poeta romântico maranhense Joaquim de Sousa Andrade, ou Sousândrade.

I - Este poema narrativo baseia-se numa lenda quíchua, originada em regiões da Bolívia e do Peru.
II - A palavra "Guesa" significa GUEIXA ; em razão do assunto central do poema: uma criança japonesa roubada de seus pais que, depois de longas peregrinações, acaba sendo sacrificada ao deus Sol.
III - Apesar de distanciar-se dos processos de composição típicos do Romantismo, Sousândrade conserva, neste poema, a aspiração de definir uma identidade brasileira.

Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas I e II.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.

Como não dá para estudarmos tudo em sala de aula...lá vai mais uma biografia! Dessa vez vamos estudar Sousândrade!  BOA LEITURA!



Sousândrade (1833 - 1902)
Nascido em 09 de julho de 1832, na vila de Guimarães, termo da então comarca de Alcântara no Estado do Maranhão, Joaquim de Souza Andrade ou Sousândrade, como o poeta gostava de ser chamado, possui uma obra poética original e inovadora para sua época, embora ainda bastante desconhecida do público. Durante anos, seus poemas ficaram esquecidos, sendo resgatados a partir de 1950. Sousândrade era filho de comerciantes de algodão, produto de grande exportação na época e que tinha o Maranhão como sua principal fonte de produção. Por isso, teve condições financeiras de estudar na Europa onde graduou-se em Letras pela Universidade de Sorbonne (Paris), além de ter cursado nessa mesma cidade o curso de Engenharia de Minas. Durante esse tempo de estudos na Europa, viajou para outros países, entre eles Portugal, Alemanha e Inglaterra. Nesses, entrou em contato com a poesia de grandes poetas como Baudelaire, Cesário Verde, Hördelin, Keats e tantos outros, o que influenciaria na formação de suas obras.

Em 1870, fixou residência nos Estados Unidos, pois sua filha foi estudar no Sacred Heart em Nova Iorque. No período de 1871 a 1879 foi secretário e colaborador do periódico O Novo Mundo, dirigido por José Carlos Rodrigues em Nova Iork (EUA). Voltou para São Luís no final do reinado de Dom Pedro II para lecionar no Liceu maranhense, comemora com entusiasmo a Proclamação de República. Participou ativamente da política naquele estado, sendo ativista da causa republicana.

Republicano convicto, em 1890 foi presidente da Intendência Municipal de São Luís – MA. Realizou a reforma do ensino, fundou escolas mistas e idealizou a bandeira do Estado. Foi candidato a senador, em 1890, mas desistiu antes da eleição. No mesmo ano foi presidente da Comissão de preparação do projeto da Constituição Maranhense.

Sua poesia contém algumas características da geração romântica, como a presença do nacionalismo e da nostalgia da terra querida, aliadas a uma forte preocupação social. Embora, alguns críticos classifiquem sua obra como pertencente à geração condoreira, ela possui elementos da poesia modernista, entres eles reflexões sobre a modernidade e a vida nas grandes cidades, valorização da cultura popular.

Sobre sua poesia, o poeta Augusto de Campos afirmou: "no quadro do Romantismo brasileiro, mais ou menos à altura da denominada 2ª geração romântica (conceito cronológico), passou clandestino um terremoto. Joaquim de Sousa Andrade, ou Sousândrade, como o poeta preferia que o chamassem, agitando assim, já na bizarria do nome, aglutinado e acentuado na esdrúxula, uma bandeira de guerra." Foi um poeta extremamente inovador para seu tempo, cuja obra apenas recentemente passou a ser estudada.

Publicou “Harpas selvagens”, em 1857, e "Harpa de Ouro" (1888/1889), porém sua obra mais importante é o longo poema “Guesa Errante”, publicado enquanto Sousândrade ainda estava nos Estados Unidos. Escrito entre 1858 e 1888, composto por treze cantos e inspirado em uma lenda andina na qual um adolescente, o Guesa, seria sacrificado em oferecimento aos deuses. O índio, porém, consegue fugir e passa a morar em uma das maiores ruas de Nova York, a Wall Street. Os sacerdotes que o perseguiam estão agora transformados em capitalistas da grande cidade de Nova Iork e ainda querem o sangue do Guesa, que vê o capitalismo consolidado como uma doença.
Dotada de pinceladas autobiográficas, o Guesa Errante denuncia o drama dos povos indígenas à exploração dos povos europeus.
Veja um trecho do poema:
(...)
"Nos áureos tempos, nos jardins da América
Infante adoração dobrando a crença
Ante o belo sinal, nuvem ibérica
Em sua noite a envolveu ruidosa e densa.

"Cândidos Incas! Quando já campeiam
Os heróis vencedores do inocente
Índio nu; quando os templos s'incendeiam,
Já sem virgens, sem ouro reluzente,

"Sem as sombras dos reis filhos de Manco,
Viu-se... (que tinham feito? e pouco havia
A fazer-se...) num leito puro e branco
A corrupção, que os braços estendia!

"E da existência meiga, afortunada,
O róseo fio nesse albor ameno
Foi destruído. Como ensanguentada
A terra fez sorrir ao céu sereno!
(...)
Obra que foi sucessivamente ampliada e corrigida, "Guesa Errante" utiliza recursos expressivos, como a criação de neologismos e de metafóras vertiginosas, que só foram valorizados muito depois de sua morte. Faleceu em 21 de abril de 1902, no Hospital Português, em São Luís. Os originais de suas últimas produções tornaram-se papel de embrulho nos comércios da cidade.


Ouvi dizer já por duas vezes que o Guesa Errante será lido 50 anos depois; entristeci – decepção de quem escreve 50 anos antes.” (Sousândrade)

quinta-feira, 10 de maio de 2012

VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER

Bem antes de paticipar do movimento grevista, eu já davia proposto uma grande dicussão sobre o tema. Temos que banir qualquer tipo de preconceito e a violência contra a mulher é uma bandeira defendida por mim, além de ser um crime de gênero.
Assim que terminarmos essa discussão, postarei os trabalhos dos alunos aqui.
Vamos participar e defender essa bandeira?

A LUTA CONTINUA!

Após meses sem escrever no blog...venho falar da greve! Foram mais de 50 dias de luta...

A Assembleia do dia 02/5/2012 ficará marcada na história do movimento e da categoria de Professores. Apesar da dureza do debate, terminamos a Assembleia de forma respeitosa e sem as cenas de agressões que eram costumeiras.
Nenhum de nós ficou satisfeito com a proposta. Aliás, ficou claro que nossa opção pela suspensão foi tão somente em função das dificuldades de manter um movimento que sofreu tantas agressões e que sua continuidade poderia significar um sacrifício desnecessário a uma parte da categoria neste momento.
Eu defendi convicta a suspensão. Sei que muitos lutadores aguentariam continuar no movimento, mas tenho a visão de que quando uma greve necessita do sacrifício de alguns, é que chegou o momento de reorganizá-la, fortalecê-la e retomá-la no momento adequado com a massa da categoria.
A nossa luta é por reestruturação do plano de carreira que garanta a isonomia salarial com as outras categorias de nível superior do GDF, não para melhorar esta proposta que foi apresentada. Foi por isso que defendi a suspensão, pois entendo que é melhor darmos um intervalo agora, mas com a categoria unida em Assembleia, do que deixar o movimento acabar nas escolas, mesmo que sem decisão coletiva.
Agora é retomar a mobilização, manter a divulgação das nossas reivindicações na sociedade, denunciar a intransigência deste Governo, reforçar os delegados sindicais e continuar o processo de negociação. A greve foi suspensa, não finalizada e se for necessário retomá-la a qualquer momento, não tenho dúvidas, novamente teremos a resposta positiva da categoria.
Por fim, quero lembrar a todos que a Tidem foi conquistada em duas greve feitas no mesmo ano, tomara que não seja necessário fazer o mesmo para conseguir sua incorporação ao vencimento.
Por fim, registro aqui meu respeito e aplausos aos membros do Comando de Greve, aos piqueteiros, aos que dormiram no acampamento, ao que fizeram a ocupação e aos milhares que fizeram esta greve. Se nós não saímos com vitória financeira neste momento, tenho certeza que todos têm o maior orgulho de terem participado desta caminhada.